Não é novidade para ninguém que o Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG) é um dos lugares de eleição de todos os portugueses para passar férias ou mesmo para uma escapadinha de fim-de-semana. Por mais que se visite o Gerês vezes sem conta há sempre novas coisas para ver e fazer. Por isso decidimos fazer um roteiro no Gerês de 5 dias, mas que pode ser adaptado para mais ou menos tempo.
Sabias que é o único Parque Nacional em Portugal? Pois é, o PNPG está repleto de surpresas. A sua diversidade em termos de fauna e flora é extraordinária, e como se não bastasse ainda tem um rico património histórico-cultural.
É simplesmente um verdadeiro para todos os amantes de natureza e aventura.
Roteiro de 5 dias no Gerês
Tem em consideração que o nosso alojamento foi sempre na Vila do Gerês. Nos 5 dias estão incluídas as viagens de ida e volta, pelo que para algumas pessoas pode ser mais exigente cumprir à rígida todo o itinerário. De qualquer forma se pretendes uma viagem “completa” ao Gerês, com a nossa lista, já consegues ter uma boa noção do que o PNPG tem para oferecer.
- 1º dia de roteiro no Gerês:
São Bento da Porta Aberta | Praia Fluvial de Alqueirão | Vila do Gerês | Mata da Albergaria | Cascata da Portela do Homem
A - São Bento da Porta Aberta
Quem vem pela N304 irá passar logo por uma das pontes que atravessa o Rio Cávado. A paisagem desta ponte cria logo um bonito primeiro impacto.
Quando chegares a S. Bento da Porta Aberta verás logo um santuário, o 2º maior de Portugal. Por detrás da igreja há um miradouro com uma vista panorâmica fantástica para a paisagem que referimos anteriormente. Vale a pena sair do carro e desfrutar da vista. Nesta mesma vila costuma haver um mercado/feira tradicional onde podes comprar vários produtos regionais, desde mel, a enchidos e artesanato.
B - Praia Fluvial de Alqueirão
Já a caminho do nosso Hotel atravessamos a outra ponte do Rio Cávado, que nos obrigou logo a parar na Praia de Alqueirão. Que excelente ideia terem construído aqui uma praia fluvial, ainda por cima oferece ótimas infraestruturas de apoio ao turismo. Nós fizemos um passeio de gaivota e adoramos!
Para além de um extenso areal há várias opções de atividades náuticas: passeios de barco, motas de água, kayaks, boias rebocadas por barcos a alta velocidade, SUP (stand up paddle) e um parque aquático com vários insufláveis na água.
C - Vila do Gerês
A Vila do Gerês digamos que é o coração do PNPG. Aqui concentram-se a maioria dos hotéis, restaurantes e outros serviços importantes, tais como: supermercados, cafés, multibancos, lojas, agências de turismo, posto da GNR, farmácia e posto de correios. Escolhemos um alojamento nesta área porque de facto está próxima de tudo aquilo que precisamos e ao mesmo tempo evitamos mais deslocações de carro.
Clica aqui para saberes dicas de restaurantes no centro da vila.
D - Mata da Albergaria
Mas que lugar mágico! Para entrarmos nesta área é cobrada uma taxa de 1,5€ por carro, mas isto acontece com o intuito de se preservar e conservar o ecossistema existente na Mata da Albergaria. O valor é simbólico, não custa a ninguém, achamos de facto uma medida justa e inteligente.
A paisagem criada pelos carvalhos, com os raios solares a infiltrarem-se na vegetação, é fenomenal.
A acrescentar a tudo isso, ver as vacas de raça Cachena, no seu habitat natural, a passearem no meio da estrada, é hilariante porque os carros e as próprias pessoas a pé têm que se desviar.
Apesar dos seus enormes chifres, que caracterizam as vacas da região, não é preciso ter medo porque elas não fazem mal e não têm reações agressivas.
No fundo elas é que têm razão, nós é que estamos a passear no território delas.
E - Cascata da Portela do Homem
A Cascata da Portela do Homem situa-se em plena Mata da Albergaria, metros antes da fronteira com a vizinha Espanha.
A nossa opinião, vale o que vale, mas esta foi a nossa cascata preferida no Gerês. A cascata é bastante longa e não se resume apenas ao local onde tiramos esta foto. Quem quiser fazer saltos para a água é também de relativa facilidade. De qualquer forma tenham sempre muita atenção e cuidado!
Certamente termos chegado ao final da tarde a esta cascata e já haver poucas pessoas no local contribuiu para que a nossa experiência fosse melhor do que a habitual. O sol bate até bastante tarde, portanto é uma opção bastante viável.
- 2º dia de roteiro no Gerês:
Pitões das Júnias | Cascata de Cela Cavalos | Ponte da Mizarela/Diabo
Podem achar o itinerário curto mas para quem tem o alojamento na Vila do Gerês, a viagem ainda é bastante longa até Pitões das Júnias. Para quem se encontrar mais próximo pode ainda acrescentar neste dia a Cascata de Pincães. Simplesmente para nós já foi bastante cansativo fazer as viagens de carro + caminhada exigente para a Cascata de Cela Cavalos + Ponte da Mizarela.
A - Pitões das Júnias
Este segundo dia é dedicado à zona Este do Parque Nacional Peneda-Gerês. A aldeia de Pitões das Júnias pertence ao concelho de Montalegre, uma das portas de entrada para o Gerês. Os pontos altos da visita são as ruínas do Mosteiro de Santa Maria das Júnias e a Cascata de Pitões das Júnias. Para chegarem até lá o mais fácil é verem a localização do ponto A, que corresponde ao estacionamento mais próximo de ambas as atrações. O resto do caminho é feito por um trilho circular de 4 km. Infelizmente os passadiços que dão acesso à cascata, e que há muito tempo se falava estarem em mau estado, estavam em manutenção. Por isso, não conseguimos ver a queda de água.
B - Cascata de Cela Cavalos
Uma vez mais tem atenção ao nosso mapa porque se colocares apenas no momento Cascata de Cela Cavalos vai-te dar outra localização que te vai confundir. Nós estamos a avisar porque aconteceu não só a nós, mas também a outros grupos.
O mais fácil é mesmo estacionarem o carro na Capela de Santa Luzia (letra B). Depois é é descer a pé cerca de 2km até encontrarem a cascata. Aproveitem bem a descida porque depois para subir custa um bocadinho. Quando voltamos estavam 32ºC e foi estafante, uff!
A Cascata de Cela Cavalos é relativamente pequena comparativamente com as mais conhecidas, mas merece atenção porque é muito bonita.
O único senão foi mesmo a temperatura da água, que gelava os ossos dos pés.
C - Ponte da Mizarela/ Diabo
Que bela maneira de acabar o dia. A ponte da Mizarela/Diabo foi uma ótima surpresa. Para chegares ao local vais ter que deixar o carro antes da zona assinalada para residentes porque para a frente não há mesmo opções de estacionamento e a estrada é muito estreita. A caminhada até à atração é fácil e intuitiva. Além da incrível estrutura da ponte, a queda de água neste local é mesmo muito forte. Mais a baixo deste lugar podes mesmo mergulhar na água. Existem excelentes cenários para fotos.
- 3º dia de roteiro no Gerês:
Miradouro da Ermida| Cascata do Tahiti | Fafião | Poço Verde | Cascata de Pincães
A - Miradouro da Ermida
A 550m de altitude, este miradouro permite-nos admirar a paisagem rural do Gerês. Não é que a vista seja “do outro mundo” mas aqui respira-se tranquilidade. Vale a pena parar porque não se faz grande desvio do próximo ponto do nosso itinerário.
De salientar que mesmo ao lado deste miradouro existe um ponto turístico que oferece todo o tipo de informações. É também neste lugar que começa o trilho PR14 – Trilho do Sobreiral da Ermida, que vai até à Cascata do Arado.
B - Cascata de Fecha de Barjas / Tahiti
Diz lá, estavas ansioso para que este nome aparecesse na nossa lista, verdade? Pois é, a Cascata do Tahiti é realmente um dos lugares mais famosos de todo o Gerês. As razões são óbvias, é mesmo muito bonita e tem boas acessibilidades para chegar de carro até ao local. Contudo achamos a cascata muito perigosa. Os sinais de perigo de morte à entrada fazem todo o sentido, não as ignores por favor! Todos os anos sucedem-se vários casos de quedas graves e mortais. Segue os trilhos oficiais, não leves chinelos e tenta ao máximo teres sempre as mãos livres de objetos durante a descida.
Não aconselhamos esta cascata para idosos, crianças e muito menos para pessoas com mobilidade reduzida. Não queremos de todo desincentivar as pessoas mas convém haver uma maior noção da realidade e não serem iludidos pelas fotos. Chega cedo para evitar grandes aglomerados.
C - Fafião
Opções nesta aldeia não faltam. Comecemos por falar no Rio Fafião e a ponte da Pigarreira, que se localizam antes da subida para a aldeia. Quando passarem no local é fácil perceberem do que estamos a falar. Basicamente no meio dos rochedos e ao longo do curso fluvial criam-se pequenas piscinas naturais bastante convidativas. Um lugar bastante sossegado e longe das multidões.
Depois não podem mesmo perder o Miradouro de Fafião, ilustrado na imagem ao lado. Repara que o mesmo foi erguido no topo de dois enormes rochedos, conectados por uma ponte de ferro. Adoramos o pormenor do pequeno pinheiro haha.
Para acabar a visita em grande não percas a oportunidade de fazer uma caminhada deste miradouro até ao Poço Verde, a próxima atração do nosso roteiro no Gerês.
Poço Verde
O Poço Verde é mesmo uma criação maravilhosa da mãe natureza. A água pode ser bem fria mas os seus tons de verde e azul são hipnotizantes. Foi sem dúvida um dos nossos lugares preferidos no Gerês. O percurso não está muito bem sinalizado por isso seguem-se algumas direções até ao Poço Verde.
Como chegar? Continua em frente pela estrada de terra que chega ao Miradouro de Fafião. No fim da mesma vira à direita, para outra estrada de terra que, provavelmente, terá um sinal de proibição de circulação de carros (pelo menos quando fomos tinha). Depois de uma pequena subida vira logo na primeira à esquerda. A partir daí é sempre a descer com um declive acentuado até chegares a uma espécie de cruzamento. Aí não continues na estrada de terra, vira antes nesse cruzamento à esquerda, onde terás um pequeno corta-mato. Acredita que não vais querer ir pela direita, porque depois para chegares ao Poço Verde vais ter que trepar pedras enormes.
D - Cascata de Pincães
Para chegar à Cascata de Pincães é mesmo muito fácil, o percurso está bem sinalizado e é sempre em terreno plano, não há descidas nem subidas difíceis. O trilho fez-nos lembrar as caminhadas na Ilha da Madeira porque é sempre feito ao lado da levada.
Quanto à cascata em si é um pouco diferente das anteriores, mas mesmo assim é possível dar um mergulho. Não consideramos a cascata ideal para passar um par de horas valentes, mas vale a pena conhecê-la, até porque a caminhada pela vegetação é muito agradável. Como o grau de dificuldade para chegar à cascata é baixo, talvez seja uma boa opção para pessoas com mais dificuldades motoras.
- 4º dia de roteiro no Gerês:
7 lagoas de Xertelo | Cascata do Arado | Miradouro da Pedra Bela
A - 7 Lagoas de Xertelo
Reservamos mais de metade do dia para as 7 Lagoas porque estávamos assustados com o trilho de 12 km (6km para cada lado). Na verdade fez-se muito bem porque o trilho está bem assinalado e é quase sempre em terreno plano, só mesmo antes de chegar à atração é que há uma descida com algum declive. O grau de exigência é fácil, nós demoramos 50 minutos a ir e 1 hora a voltar. Até há uma “fonte” no meio de percurso que te ajuda a reabastecer as garrafas de água.
Há poucas palavras para descrever este lugar.
A atração tem este nome porque, como podem ver pelas imagens, ao longo da serra há 7 lagoas, todas elas diferentes e autênticas. É difícil escolher a melhor. Aliás, as pessoas passeiam mesmo de lagoa em lagoa porque de facto todas elas têm composições diferentes. Umas são excelentes para saltos, outras para relaxar, outras para fotos, enfim, há lugar para todos os gostos e feitios. Se tiverem tempo visitem as 7 Lagoas de Xertelo, não se vão arrepender, a sério. Muito bom!
B - Cascata do Arado
Estava nos nossos planos conhecer a Cascata do Arado mas infelizmente corriam notícias que a cascata estava seca e por isso não a visitamos, porque não tendo água acaba por perder parte da sua graça. Em conversa com locais chegamos à conclusão que é mesmo recorrente em meses de muito calor a cascata secar. Assim, para não te acontecer como a alguns turistas, que ficam desiludidos por caminharem e depois não verem água, aqui fica a nossa chamada de atenção para esse fator. Informa-te primeiro!
C - Miradouro da Pedra Bela
Guardamos o melhor para o fim! Optámos por ir ao Miradouro da Pedra Bela antes do pôr de sol e não podia ter sido melhor. Quem é que não fica rendido a esta paisagem? 😍. Existem dois miradouros – o novo e o velho; que estão bem sinalizados. A vista de ambos é mesmo apaixonante. Vemos lá em baixo o Rio Cávado, as duas pontes e a Vila do Gerês. Hão de reparar também num campo de futebol no “meio do nada”, rodeado de florestação e em plena serra, brutal. Mas que “bela” maneira de acabar o dia.
- 5º dia de roteiro no Gerês:
Lindoso | Soajo | Santuário de Nossa Senhora da Peneda | Castro Laboreiro
A - Lindoso
Lindoso é a uma das “Aldeias de Portugal” e como tal não podia faltar no nosso roteiro.
O Castelo de Lindoso e os Espigueiros de Lindoso são paragens obrigatórias e gratuitas.
Este castelo situa-se na margens do Rio Lima e próximo da fronteira com Espanha, por isso teve um papel fundamental na história do país, enquanto posto de vigia e defesa do território nacional.
O castelo oferece-nos uma vista magnífica para os Espigueiros de Lindoso, que se encontram por detrás das muralhas. Estamos perante o maior aglomerado de espigueiros de Portugal (50 no total).
Nota: O espigueiro é uma estrutura em pedra ou madeira que tem como objetivo secar o milho grosso, através das suas fendas laterais. Por outro lado impede também a chegada de animais roedores porque a estrutura está elevada.
B - Soajo
Soajo faz também parte da lista das “Aldeias de Portugal”. O destaque da região, em termos de atrações, vai para os Espigueiros de Soajo.
Desta vez são 24 espigueiros construídos num alto. Este lugar oferece uma vista linda para as serras-
A 10 minutos de carro do centro podem visitar a Porta de Mezio (umas das 5 portas de entrada para o Gerês), que conta com várias atividades de lazer.
Se és fã das tendências podes ainda tirar umas belas fotos no Baloiço do Mezio.
C - Santuário Nossa Senhora da Peneda
Mesmo para aqueles que não são católicos não ignorem este local porque é uma obra de arte formidável. Embora se situe num local bastante isolado, nem por isso deixa de atrair milhares de peregrinos todos os anos. O cenário com o enorme rochedo por detrás da igreja é lindo de se ver.
Não te assustes com os imensos degraus porque é possível evitá-los. Dizemos isto porque só o descobrimos depois de subirmos tudo.
Se os queres evitar não pares no primeiro estacionamento, continua em frente e a subir a serra até encontrares nova indicação. De qualquer forma recomendamos a subida das escadas porque ao longo do caminho, de um lado e do outro, há várias capelas com vários símbolos religiosos.
D - Castro Laboreiro
E acabamos o dia em Castro Laboreiro, outra “Aldeias de Portugal”. Assim que chegamos procuramos logo encontrar o Castelo de Castro Laboreiro. Desengane-se quem acha que vai achar o castelo à vista desarmada, porque na verdade sem as placas informativas ninguém o vê.
O castelo, na verdade, resume-se a ruínas que se encontram a cerca de 1000m de altitude, mesmo no topo da serra. A subida ao castelo é feita a pé e ainda demora uns bons 10 minutos, mas a vista é totalmente recompensadora. Para além do castelo devem ainda visitar a Ponte da Cava da Velha, a Ponte Velha, a Cascata e a Igreja Matriz.
Onde comer no Gerês?
Excetuando o último dia, em que almoçamos em Soajo, só fizemos refeições em restaurantes ao jantar e sempre na Vila do Gerês. O nosso plano durante o dia foi sempre ir ao supermercado e arranjar qualquer coisita para comer durante o dia, para podermos usufruir mais das atrações e de alguma forma poupar dinheiro.
Muito sinceramente também não há restaurantes próximos da maioria das atrações, por isso é melhor prevenirem-se. Se queres fazer as caminhadas e andar nas cascatas também não é ideal andar de barriga cheia.
Nota: os restaurantes na Vila do Gerês não aceitam reservas, regem-se consoante a ordem de chegada.
Aconselhamos vivamente a chegarem no máximo às 19 horas, porque depois disso a espera vai ser grande.
Como só há meia-dúzia de restaurantes todos acabam por encher e torna-se difícil comer a horas decentes.
Petiscos da Bó Gusta
Mas que maravilha, vê-se logo pela fila enorme que é bom. Tal como o nome nos diz o seu conceito é de petiscos. Depois de um dia desgastante termos na nossa mesa uns belos enchidos, queijos, salgados e doces é a simbiose perfeita. Desde a sopa às sobremesas estava tudo excelente. Foi o nosso restaurante favorito no Gerês.
Casa Capela
Ao início do centro da vila vê-se também sempre uma enorme multidão porque há 2 restaurantes bem avaliados e que fazem porta um com o outro. Nós optámos pela Casa Capela e ficamos muito satisfeitos.
Essentia do Gerês
Para quem procura um restaurante com um ambiente mais calmo e de requinte, o Essentia do Gerês é a opção certa. Os preços são acessíveis para o tipo de conceito apresentado. O restaurante encontra-se dentro do Hotel – Águas do Gerês – Termas e Spa.
Saber ao Borralho, em Soajo
Mesmo o tipo de restaurante que nós adoramos. Restaurante com decoração tradicional e com comida típica da região. Foi-nos sugerido comermos a “Carne à Cachena” e ficamos encantados. A carne desfia-se na boca, fruto das 6 horas a cozer em forno de lenha, e os acompanhamento são deliciosos. Que espetáculo!
É melhor reservarem mesa porque o restaurante é pequeno e está sempre cheio.
Atenção que não aceitam multibanco, apenas dinheiro.
Quando visitar o Gerês?
A melhor estação para visitar o Gerês é sem dúvida o Verão. De Junho a Setembro as temperaturas são obviamente mais convidativas para tirar melhor proveito das maravilhosas cascatas e lagoas que o Gerês tem para oferecer. No entanto coincide com a altura em que o Gerês está mais lotado e com as taxas de ocupação dos hotéis a rondar os 100%. Nós fomos na primeira semana de Setembro e ainda estava bastante cheio. De qualquer forma não nos trouxe qualquer transtorno porque chegávamos cedo aos locais. Mesmo nas horas de maior afluência houve sempre espaço para toda a gente.
A situação agrava-se claro em meses como Julho e Agosto.
Assim sendo a nossa melhor sugestão, até para as caminhadas serem mais agradáveis, são os meses de Maio, Junho e Setembro. Quanto ao Outono, apesar de trazer cores muito bonitas ao Gerês, a probabilidade de precipitação é elevada, pelo que não recomendamos grandes aventuras. O Inverno está fora de questão, só se for pela neve.
Como chegar ao Gerês?
O PNPG fica no Norte de Portugal e numa região bastante montanhosa. Obviamente a chegada só é possível através de viatura própria. A sua área territorial é enorme e por isso existem 5 portas de entrada para o parque, com diferentes temáticas.
- Porta de Mezio (Arcos de Valdevez): Conservação da Natureza e da Biodiversidade;
- Porta de Lamas de Mouro (Melgaço): Ordenamento do Território;
- Porta de Montalegre: Paisagem;
- Porta do Lindoso (Ponte da Barca): Água e Geologia;
- Porta de Campo do Gerês (Terras de Bouro): História do Território.
- outras opções para o teu roteiro no Gerês:
Nota: atenção para roteiros muito sobrecarregados de atrações num só dia, não vais conseguir visitar tudo.
Não se esqueçam que têm de contar com as viagens de carro, tempo das caminhadas e tempos de refeição.
Miradouro das Rocas
Tínhamos um dia inteiro reservado para conhecer o Miradouro das Rocas + Cascata do Arado + Poço Azul mas os dias passaram e a correr e não tivemos tempo para tudo.
Como dissemos anteriormente 5 dias no Gerês dá para ver grande parte do Gerês, mas temos que tomar opções. Neste caso optámos por ir para as 7 lagoas de Xertelo e deixar este dia para uma visita futura. Não ficamos nada arrependidos!
Poço Azul
À semelhança do trilho das 7 lagoas, para ir e voltar ao Poço Azul é necessário fazer um trilho de 12km. Assim sendo é preciso mesmo quase um dia inteiro para usufruir da caminhada e da lagoa. Para quem ficar mais tempo no PNPG sugerimos definitivamente que adicionem este lugar ao vosso roteiro de viagem.
Germil
Muito resumidamente Germil é uma típica aldeia do Portugal profundo. Aldeia quase deserta, com casas maioritariamente em granito e num ambiente rural e de montanha. Na nossa sincera opinião não valeu a pena o desvio. Os acessos são difíceis e algumas estradas são muito estreitas e feitas em calçadas de pedra. No centro da aldeia se tiveres a infelicidade de apanhar um carro no sentido contrário ao teu, avisamos já que algum dos dois vai ter que fazer marcha atrás haha. É impossível passarem dois carros ao mesmo tempo.
Vilarinho das Furnas
No nosso 5º e último dia ainda visitámos a Barragem de Vilarinho das Furnas com o objetivo de avistar as famosas ruínas. No entanto com a barragem cheia de água as ruínas ficam novamente submersas.
Foi apenas essa a razão que nos levou a não acrescentar este lugar no nosso itinerário.
Sistelo
Ainda depois de visitarmos Castro Laboreiro conseguimos dar um saltinho à aldeia de Sistelo. Para quem não sabe foi um dos vencedores em 2017 do concurso “7 Maravilhas de Portugal”, na categoria de “Aldeia Rural”. Faz também parte da lista “Aldeias de Portugal” e é normalmente apelidada de “o pequeno Tibete português”. Sistelo ganhou fama pelos seus socalcos, técnica agrícola utilizada para contrariar os acentuados declives naturais dos terrenos. Outro plano divertido são os Passadiços de Sistelo e a Ecovia do Vez.
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